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13/09/2006 -

Bancários param em São Caetano

Priscila Dal Poggetto

Do Diário do Grande ABC

Como a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ainda não estipulou uma data para a quarta rodada de negociações, o Comando Nacional dos Bancários aproveita o silêncio dos bancos. Em reunião realizada nesta terça-feira, os representantes da categoria decidiram continuar os movimentos locais em todo Brasil e já começam a avaliar a organização de uma greve nacional. Nesta quarta-feira, em São Caetano, cerca de 700 funcionários atrasam em uma hora cerca de 35 agências do município. A concentração acontece na praça Cardeal Arco Verde, no centro do município.

Nesta terça-feira, foram os bancários de Mauá e Ribeirão Pires que protestaram pela campanha salarial. Cerca de 30 agências paralisaram as atividades por uma hora. Houve distribuição de carta aberta a clientes e usuários dos bancos com explicações sobre os movimentos e as reivindicações.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano, as entidades representantes dos funcionários dos bancos já vão começar a discutir o processo de greve com a categoria. "Não podemos estabelecer uma data porque os trabalhadores precisam concordar com a greve, mas não descartamos a possibilidade de ser marcada ainda para este mês", alerta. Se a classe optar pela paralisação geral, cerca de 360 mil trabalhadores vão cruzar os braços em todo o país.

O ponto que mais gera polêmica entre as reivindicações dos bancários é o econômico. A categoria quer aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de 5% no lucro linear, mais um salário acrescido de R$ 1,5 mil. Os trabalhadores pedem ainda a inclusão da 13ªcesta-alimentação e o 14º salário, propostas rejeitadas pela Fenaban.

Saúde A primeira rodada de negociação para debater as cláusulas de saúde é realizada nesta quarta-feira, às 15h, como ficou estabelecido durante a terceira reunião entre no último dia 29 de agosto. Entre os temas da pauta estão a isonomia de direitos entre os afastados por motivos de saúde e os trabalhadores da ativa e o PRO (Programa de Reabilitação Ocupacional). De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, apesar de esta reunião se tratar somente da questão da saúde, os representantes da Fenaban serão pressionados em relação às propostas salariais, ainda não apresentadas pelos bancos.

Fonte: Diário do Grande ABC