NOTÍCIAS

29/08/2003 - Brasil : emprego

Para Força, comemorar redução do desemprego é "ilusão"

da Folha Online

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse hoje que ainda é cedo para comemorar a ligeira redução do desemprego.

Pesquisa divulgada hoje pela Fundação Seade/Dieese mostra que a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo recuou de 20,3% em junho para 19,7% em julho.

"Não podemos de forma alguma nos calar diante da insuportável situação que se encontra São Paulo. Podemos afirmar que é ilusão comemorar [a queda], já que um em cada cinco trabalhadores continuam privados de trabalhar", disse Paulinho por meio de nota oficial distribuída hoje.

O sindicalista também citou outros indicadores que apontam para a piora da qualidade de vida dos brasileiros, como retração da produção, queda no consumo e taxas elevadas de desemprego.

"Até quando teremos a continuidade dessa política econômica voltada para os especuladores em detrimento da produção e do emprego? Lamento a falta de sensibilidade do governo federal de insistir numa política econômica de juros exorbitantes, contingenciamento das verbas públicas e compulsório bancário."

Segundo Paulinho, a combinação dessa fórmula econômica leva "o país para o caminho da desesperança".
(©Folha Online)


Desemprego cai em SP, mas ainda é o maior para julho em 4 anos

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo apresentou desempenho favorável. Pesquisa da Fundação Seade/Dieese divulgada hoje mostra que a taxa recuou de 20,3% em junho para 19,7% em julho.

Apesar da queda --considerada comum para o mês, pois há aumento no número de vagas nesta época do ano-- o resultado é o pior para o mês de julho desde 1999 (20,1%).

O total de desempregados na região foi estimado em 1,934 milhão de pessoas em julho. No mês anterior havia 1,993 milhão de pessoas procurando trabalho.

Segundo a fundação, a redução de 59 mil pessoas no total de desempregados pode ser explicada pela geração de 55 mil vagas e pela saída de 4.000 pessoas da PEA (População Economicamente Ativa).

O rendimento médio dos assalariados em junho teve um aumento de 1,8% em relação a maio, passado para R$ 974,00. No entanto, o rendimento ainda é o menor para o mês de junho desde 1985, quando a pesquisa começou a ser feita
(©Folha Online).



Fonte: Folha Online