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09/06/2006 -

Funcionários da Sankyu votam hoje nova proposta do Metalsul

Empresa abriu mão de 50% da compensação dos dias parados; Perrut vai defender a proposta

Volta Redonda

Os trabalhadores da Sankyu, empreiteira da CSN, e a única que continua em greve, vão votar uma nova proposta do MetalSul (Sindicato Patronal do Setor Metal-Mecânico) sobre o reajuste salarial. A assembléia, que será por aclamação, vai acontecer às 7h30min na Passagem Superior da CSN, na Vila Santa Cecília. A empresa ofereceu um aumento de 12,5% para todos os ajudantes; 8% para auxiliares; e 10% para os profissionais, passando o salário de R$ 600,00 para R$ 660,00, retroativo a primeiro de maio.

A empresa se comprometeu em aumentar para R$ 700,00 o piso do profissional em outubro. Aos demais empregados da Sankyu, o reajuste seria de 5,5%. Além disso, a empreiteira vai antecipar R$ 300,00 da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 2007.

O presidente da Comissão de Negociação do Metalsul, Gustavo Siqueira, afirmou que a empreiteira também abriu mão da compensação de 50% dos dias parados, caso a proposta de acordo salarial seja aprovada. E mais: mesmo que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determine que todos os dias da greve sejam compensados, a empresa se comprometeu em manter a proposta para os trabalhadores compensarem somente metade dos dias não trabalhados. Ainda segundo Gustavo Siqueira, neste caso, os dias serão compensados de forma gradual e a partir de outubro. Ontem, completou o 14º dia da greve.

- No caso dos dias compensados, normalmente o TRT dá a sentença a favor das empresas. A nossa proposta é excelente - disse Gustavo Siqueira, logo após a reunião do MetalSul e do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que aconteceu ontem à tarde na sede do sindicato patronal. E continuou: "Esperamos que a proposta do reajuste também vai ser aceita. A empresa fez um grande esforço para apresentar os novos índices", disse.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Carlos Henrique Perrut, vai apresentar, na assembléia de hoje, um parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) que orienta o TRT que o ideal seria de um aumento de 5% linear e aumento R$ 650,00 para o piso salarial do profissional.

- A nova proposta é melhor do que o aconselhado pelo MP. Mas o TRT pode aceitar ou não a orientação do Ministério Público - disse Perrut, que considerou boa a nova proposta do MetalSul. "É melhor ter esta proposta do que esperar uma canetada", afirmou Perrut, se referindo a decisão do TRT sobre o dissídio que pode ser demorada.



Fonte: Diário do Vale