10/06/2006 -
CUT vai trabalhar pela reeleição
SÃO PAULO - O novo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva, eleito ontem, disse ontem que trabalhará pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguindo, assim, a resolução da entidade aprovada no 9º Congresso Nacional, ocorrido esta semana na capital paulista. "A proposta da CUT é de apoio à reeleição de Lula, numa plataforma política que interessa aos trabalhadores", afirmou.
Segundo Silva, o governo Lula teve o mérito de repor em pauta a necessidade de mudança da estrutura sindical e de atualização da legislação trabalhista. "Antes, não havia espaço para discutirmos esses temas. No atual governo, tivemos a criação do Fórum Nacional do Trabalho e um espaço positivo para o amplo debate. Infelizmente, a crise política impediu que o Congresso Nacional votasse a reforma sindical, mas estamos convencidos que esse assunto será prioritário no segundo mandato do presidente Lula", argumentou.
Além do apoio ao presidente, ele destacou que o mandato na Central Única, com três anos de duração, terá como prioridade retomar os projetos de organização sindical nos locais de trabalho, estimular a formação política e ideológica dos dirigentes da entidade, e aprofundar a aproximação com os movimentos sociais.
A invasão e depredação do Congresso promovida esta semana pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foi repudiada por Silva, mesmo tendo ele assegurado que um dos objetivos da nova gestão será o de aproximação com outros movimentos sociais.
"Pela CUT, em diversas ocasiões, fizemos ocupação pacífica do Congresso, apresentando propostas trabalhistas, mantendo corpo-a-corpo com parlamentares e apresentando nossas cartilhas. Esse trabalho deu imenso resultado positivo, sem nenhuma necessidade de violência", argumentou.
"Ninguém está de acordo com o que aconteceu em Brasília nessa semana", acrescentou. Sobre a formação política e ideológica dos líderes, o novo presidente da CUT afirmou que o novo momento das relações de capital e trabalho exige mais qualificação dos representantes dos trabalhadores.
"Precisamos de gente mais preparada tanto para enfrentar as negociações com os patrões como também para fazer frente às demais centrais sindicais", justificou. Silva é presidente do Sindicato dos Eletricitários de Campinas, no interior do Estado.t
Fonte: Tribuna da Imprensa
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