11/06/2006 -
Acordo Salarial
Trabalhadores da Sankyu aceitam proposta e terminam a greve
Empreiteira era a única da CSN que continuava em greve; trabalhos voltam ao normal na segunda-feira
Volta Redonda
Terminou ontem a greve Sankyu, última empreiteira da CSN que ainda estava paralisada. Os trabalhadores aceitaram a proposta apresentada pelo MetalSul (Sindicato Patronal do Setor Metal-Mecânico) sobre o acordo salarial. Os empregados da empresa só voltarão ao trabalho na próxima segunda-feira, dia 12. Ontem, 40% dos funcionários voltaram às atividades. A decisão pelo fim da greve foi tomada ontem pela manhã, durante a assembléia realizada na Passagem Superior da CSN, na Vila Santa Cecília.
A proposta aceita foi um aumento de 12,5% para todos os ajudantes; 8% para auxiliares; e 10% para os profissionais, passando o salário de R$ 600,00 para R$ 660,00, retroativo a primeiro de maio. A empresa se comprometeu em aumentar para R$ 700,00 o piso do profissional em outubro. Aos demais empregados da Sankyu, o reajuste seria de 5,5%. Além disso, a empreiteira vai antecipar R$ 300,00 da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 2007. O beneficio será pago na próxima terça-feira, dia 13. As informações foram dadas ontem pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Carlos Henrique Perrut.
Agora, o Sindicato e a empresa vão esperar a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) sobre a compensação dos dias parados. Ao todo foram 15 dias. Mesmo assim, a empreiteira já se comprometeu em cobrar dos funcionários a compensação de metade dos dias de greve, independente da decisão do Tribunal. E só seria compensado a partir de outubro.
- Acredito que isso foi fundamental para os trabalhadores aprovarem a proposta. Numa maneira geral, a proposta foi boa - disse Perrut.
Outro motivo que Perrut considerou como fundamental para aprovação da proposta foi o parecer do Ministério Público do Trabalho. O MP sugeriu ao TRT que o aumento fosse de 5% lineares (a todos os funcionários) e o piso do profissional passaria para R$ 650,00. "Não era uma boa proposta", resumiu Perrut.
O presidente da Comissão de Negociação do MetalSul, Gustavo Siqueira, disse que a empreiteira vai fazer um esforço para controlar o impacto do reajuste na folha de pagamento. "Foi uma excelente proposta. Não teria como dar mais. O bom é que os funcionários da Sankyu voltaram a trabalhar", disse ele.
Pequenas empresas aceitam proposta
Os trabalhadores das empresas com menos de 250 funcionários aprovaram reajuste de 5,5% oferecido pelo MetalSul (Sindicato Patronal dos Setores de Metal-Mecânico). A aprovação foi feita na noite de quinta-feira, dia 8, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense em Volta Redonda e na subsede de Barra Mansa. Em Resende, os trabalhadores vão voltar a proposta na próxima segunda-feira, dia 12.
Além do reajuste, o sindicato patronal ofereceu ainda que o piso salarial dos empregados de R$ 370,00. Antes era o salário mínimo (R$ 350,00). As empresas, no entanto, não entraram em greve, já que são mais de 90 empresas e o sindicato não teria estrutura para organizar a paralisação.
Em contraponto, três empresas não aceitaram a proposta e vão voltar a negociar em separado. São elas: Cesbra; Tubonal e Abreu. Perrut afirmou que os trabalhadores querem o mesmo percentual de aumento das pequenas empresas mais um abono salarial, que seria pago logo após a assinatura do acordo salarial. O presidente da Comissão de Negociação do Metalsul, Gustavo Siqueira, disse que vai se reunir com as empresas para discutir a possibilidade da apresentação de outra proposta.
Fonte: Diário do Vale
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