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13/07/2006 -

VW : Demissões não vão atingir a fábrica de Resende

Volks confirmou ontem que pode cortar no país de 4 mil a 6 mil empregos até 2008; Resende não terá demissões

Resende

A assessoria de Comunicação Social da Volkswagen, da fábrica de Resende, divulgou ontem que o plano de reestruturação da empresa no Brasil não vai atingir os trabalhadores da região. Isso porque, a crise da empresa é no setor automobilístico e não no de caminhões e ônibus. Ontem, a Volks do Brasil confirmou que pode cortar no país de 4 mil a 6 mil empregos até 2008, em um processo de reestruturação de suas atividades que vêm sofrendo prejuízos há oito anos.

Atualmente, a Consórcio Modular da Volks em Resende emprega em torno de 4,1 mil funcionários. A fábrica tem a capacidade de produz até 230 veículos (entre caminhões e ônibus) por dia. Mas, por causa da crise no mercado, a produção da empresa está em 130 diariamente. Mesmo com recessão do mercado, a empresa passou a trabalhar com dois turnos no ano passado.

- Os trabalhadores de Resende podem ficar tranqüilos que a crise não vai chegar em Resende - disse Carlos Perrut, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense.

SÃO PAULO: O gerente de relações trabalhistas da Volkswagen no Brasil, Nilton Junior, disse que a empresa alemã espera fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos que representa a unidade da empresa em Taubaté ainda esta semana. Segundo ele, os cortes na fábrica do interior de São Paulo podem começar já na semana que vem.

Na tarde de ontem, Nilton Junior e a diretora de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil, Elizabeth Carvalhaes, participam de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Câmara dos Deputados para discutir o plano de reestruturação da empresa.

Segundo Carvalhaes, a Volkswagen foi convidada pelo governo para falar sobre o assunto e não convocada. "A Volkswagen não vai pedir nada ao governo. Nós apresentaremos ao governo brasileiro a nossa situação", disse ela.

A subsidiária brasileira da Volkswagen orientou sua estratégia para o segmento de exportações nos últimos anos. Porém, o câmbio atual não é suficiente para cobrir os custos de produção, de acordo com a companhia.

A Volkswagen emprega no Brasil cerca de 21 mil pessoas na área de veículos e comerciais leves e tem quatro de suas cinco fábricas no país envolvidas no processo de reestruturação.

Fonte: Diário do Vale