28/07/2006 -

Eleição do Settaport vai parar no 1º DP

Da Reportagem

O ex-presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado (Settaport), Roldão Gomes Filho, foi impedido de entrar na entidade na tarde de ontem. Inconformado, o ex-presidente do Settaport compareceu ao plantão do 1º Distrito Policial e registrou boletim de ocorrência de preservação de direitos. Roldão foi à secretaria do Sindicato na tarde de ontem para registrar sua candidatura na eleição para a diretoria da entidade, programada para os dias 29, 30 e 31 de agosto.

No BO, Roldão alega que sua entrada no Settaport foi impedida pelo porteiro e por um segurança, que teriam alegado cumprir ordens superiores. O que eu fico mais sentido é de ter lutado durante anos por uma categoria e, agora, não poder entrar no sindicato, protesta o ex-presidente, que pretende voltar ao comando do Settaport.

Esse foi mais um episódio da conturbada eleição que se avizinha. Roldão patrocina uma ação judicial contra o atual presidente da entidade, Francisco José Nogueira da Silva, que estaria tentando criar dificuldades para que ele participe do pleito.

A ação tramita na 5ª Vara Cível de Santos e pode inviabilizar a eleição. O mandato de Francisco, que havia sido vice de Roldão do final dos anos 90 até o início desta década, termina em dezembro. O vencedor da eleição comandará o Settaport de 2007 a 2010.

Controvérsia

O atual presidente alega que Roldão teria pedido afastamento do cargo na direção do sindicato assim que foi indicado para ocupar uma diretoria na Codesp, em 14 de março de 2003, no início do mandato do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.

Nesse período em que trabalhou na estatal, Roldão não pagou as mensalidades do Settaport. Só quando se desligou da Codesp, em março de 2004, é que resolveu voltar a participar das atividades sindicais. Porém, problemas cardíacos o afastaram de seu intento até 2005.

O ex-presidente estaria tentando voltar a se associar ao Settaport desde janeiro, mas Francisco estaria criando dificuldades para que ele volte ao Settaport, onde figurou como associado durante 29 anos, tendo inclusive ocupado a presidência em duas gestões.

Diante da negativa da diretoria em acolhê-lo de volta ao Settaport, o ex-presidente resolveu pagar as mensalidades via Cartório de Títulos e Documentos. O atual vice-presidente do Settaport, Mário Clóvis Esteves, também rompeu com Francisco.

O presidente, porém, nega que esteja perseguindo seu vice e Roldão. De acordo com Francisco, foi Roldão quem pediu o afastamento: Ele fez a opção dele, diz, referindo-se à decisão do ex-presidente de aceitar o cargo de diretor na Codesp. Foi uma situação que ele próprio criou, completa.

Fonte: A Tribuna