28/07/2006 -
Movimentos sociais protestam contra altas tarifas de energia elétrica
Da Agência Brasil
Cerca de 700 representantes de movimentos sociais se concentraram nesta quarta-feira em frente à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para reivindicar tarifas menores para as populações de baixa renda.
Eles pediram o cumprimento "imediato" da decisão da Justiça Federal que determina o desconto da tarifa social para quem consome até 200 quilowatts-hora por mês.
Os manifestantes também pediram que as famílias de baixa renda tenham fornecimento gratuito de até 100 quilowatts por mês, além de defenderem o fim do subsídio dado aos grandes consumidores comerciais e industriais de energia elétrica.
O diretor da Aneel Edvaldo Santana recebeu comissão do movimento. E informou que, embora tenha conhecimento da decisão judicial, não foi comunicado oficialmente.
"Se a agência receber a ordem judicial quanto às tarifas de energia, na parte que nos couber, examinaremos e tomaremos providências", disse, acrescentando que a Aneel "cumpre leis, decretos e contratos".
Segundo o líder da manifestação, Hélio Mecca, representante do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), os pequenos consumidores residenciais, comerciais e industriais estão "pagando uma conta alta" para subsidiar a grande indústria brasileira e multinacional. "Eles gastam muita energia e pagam pouco", avaliou.
Ele diz que, nos últimos dez anos, as tarifas de energia elétrica subiram 400% acima da inflação. "Por isso, está na hora de a decisão judicial, que vale para todo o país, ser logo cumprida".
Cerca de 15 movimentos sociais estão fazendo manifestações em diversos pontos do país, pedindo a revisão dos critérios de correção das tarifas. São representações de pequenos agricultores, trabalhadores desempregados, da Pastoral da Juventude Rural e do Movimento das Mulheres Camponesas, além de organizações não-governamentais e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Fonte: Diário do Grande ABC
|