30/07/2006 -
Sindicato dos Vigias vai à Polícia contra o Órgão Gestor
Da Reportagem
O Sindicato dos Vigias Portuários registrou queixa na Delegacia de Polícia do Porto, na manhã da última quinta-feira, contra o Órgão Gestor de Mão-de-obra (Ogmo). A acusação é de uma suposta apropriação indébita de salários da categoria, que estão retidos há mais de 20 dias. No boletim de ocorrência, o Ministério Público do Trabalho (MPT) aparece como partícipe do suposto crime.
Ontem, a diretoria do Sindicato e seu Departamento Jurídico pretendiam protocolar uma ação contra o Ogmo, por perdas e danos, na Justiça do Trabalho. Na próxima segunda-feira, durante a audiência dos dez sindicatos de avulsos do Porto com o procurador Eduardo Parmegianni, do Ministério Público do Trabalho (MPT), o presidente do Sindicato dos Vigias, Jorge Fonseca, pretende apresentar toda a documentação que justifica os atos praticados pela diretoria no sentido de resguardar os direitos da categoria.
O Sindicato dos Vigias preparou as medidas policiais e judiciais após mesa-redonda na Subdelegacia Regional do Trabalho de Santos, quando o representante do Ogmo teria dito que espera ordem do MPT para liberar os recursos pleiteados pelos vigias.
De posse da ata da mesa-redonda, Jorge Fonseca, o secretário do Sindicato, José Cavalcanti Pessoa Zezo, e o advogado Ronaldo Ferreira da Silva foram à Delegacia de Polícia Civil do Porto, onde o delegado Fábio Szabo Guerra registrou o boletim de ocorrência 124-2006. O depoimento dos dirigentes sindicais perante a autoridade policial foi agendada para a próxima segunda-feira.
Tomadas essas providências, Cavalcanti Zezo foi para a reunião dos dez sindicatos de avulsos do porto, na sede dos estivadores, que se solidarizam aos vigias. Segundo o sindicalista, o Ogmo retém os pagamentos de cerca de 170 turnos, equivalente cerca de R$ 17 mil. Para Zezo, é uma retaliação do Ogmo ao sindicato, que questionou na Justiça a legitimidade do MPT e do órgão gestor em fixar regras para a escala dos avulsos por meio de um termo de ajustamento de conduta.
Fonte: A Tribuna
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