01/08/2006 -
Construção Civil em estado de greve
Amanhã acontece a segunda reunião entre sindicato dos trabalhadores e empresário; categoria quer 13% de aumento
uma nova proposta"
Volta Redonda
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e os representantes do Sindicato Patronal vão se reunir amanhã para discutir o reajuste salarial deste ano. Esta será a segunda reunião entre os dois sindicatos. No mesmo dia, o sindicato fará uma assembléia para avaliar o resultado do encontro. Ontem, o Sindicato Patronal cancelou a segunda roda de negociação, pois a entidade não teria uma nova proposta. As informações foram dadas ontem pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Dejair Martins.
"Acredito que os empresários vão apresentar uma nova proposta", disse ele. Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores recusou, na mesa de negociação, a proposta de aumento de 2,79%, que correspondente ao INPC (Índice Nacional ao Preço Consumidor) de primeiro de julho de 2005 a 30 de junho de 2006. Com a recusa, a categoria decidiu, em assembléia, ficar em estado de greve.
Dejair Martins quer um aumento real de 10% mais o INPC, totalizando 13% de aumento. Além disso, outros 17 itens foram a pauta de reivindicação. Entre eles, estão: a inclusão de cesta básica, no valor mínimo de R$ 80,00 e com pelo menos 30 quilos; e o início do PPR (Plano de Participação dos Resultados) no valor de um salário base, antecipando 50% do valor determinado no prazo de 90 dias após a assinatura da convenção do acordo coletivo.
Outro item que sindicato pede é que as empresas se comprometem a fornecer a seus funcionários e dependentes um Kit Escolar para 1ª Grau (R$ 75,00), 2ª Grau (R$ 110,00), e 3ª Grau (R$ 150,00). "Para ajudar na compra do material escolar no mês de fevereiro", disse Dejair Martins.
Na pauta de reivindicação, o sindicato pede ainda uma contribuição das empresas no valor de R$ 3,00 por funcionários para o custeio do Plano Consulta Médica e Odontológica, hoje mantido exclusivamente pelo sindicato. E mais: as horas-extras, quando feitas por necessidades dos serviços, nos dias úteis, sábados, domingos e feriados, serão remunerados a base de 100% em todas as horas executadas.
Além de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende, o Sindicato dos Trabalhadores representa Itatiaia, Quatis, Porto Real e Rio Claro. Ao todo, são cinco mil trabalhadores da Construção Civil. Destes, 30% estão atuando dentro da Usina Presidente Vargas, na CSN. Hoje o piso salarial, para os ajudantes, é de R$ 390,00; e, para os profissionais, de R$ 618,00.
Fonte: Diário do Vale
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