01/08/2006 -
Reajuste dos aposentados depende da oposição, diz Dilma
De A Tribuna Digital
A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, cobrou nesta segunda-feira responsabilidade e seriedade da oposição na votação da medida provisória que estabelece aumento de 5% para os aposentados e pensionistas do INSS. A oposição quer mudar a MP, aprovando um aumento de 16,67%. A ministra disse que o governo vai insistir nos 5% e indicou que poderá vetar o aumento maior, deixando os aposentados sem reajuste.
"Acredito que a oposição deve ser chamada à questão da responsabilidade pública. Qual é a responsabilidade pública: você não pode dar um aumento que não está no Orçamento. Não pode dar um aumento que o país não suporta. Nós temos responsabilidade com país, nós temos responsabilidade com aposentados. E estas duas responsabilidades nos fizeram propor 5% e é isso que vamos buscar amanhã", disse a ministra.
A pauta de votações do Congresso foi discutida na reunião de coordenação na manhã desta segunda-feira.
"Dependendo da situação, a nossa responsabilidade pode levar a um prejuízo para os aposentados. Eu acredito que seria muito importante que a oposição tivesse seriedade para além de disputas eleitorais, que tivesse compromisso com a governabilidade do país", disse a ministra, sinalizando com a possibilidade de veto.
A intenção do governo, segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, é votar os projetos de micro e pequenas empresas, da Super-Receita, do Fundeb e da Timemania. O porta-voz disse que a base governista está sendo convocada para estar em Brasília esta semana.
Na quinta-feira passada, centenas de pessoas se reuniram Praça Mauá em protesto contra a decisão do presidente Luiz Ignácio Lula da silva de vetar o reajuste de 16,67% aos aposentados e pensionistas do INSS que recebem mais de um salário mínimo. Um total de 35 sindicatos e uniões de trabalhadores participaram da manifestção, que reuniu mais de 400 pessoas no Centro de Santos. As informações são da Globo Online e A Tribuna Digital.
Câmara retomará votação de MPs que trancam a pauta
De A Tribuna Digital
A primeira etapa de esforço concentrado durante o período eleitoral começa nesta semana, com a sessão deliberativa marcada para esta terça-feira. Sete medidas provisórias trancam a pauta de votações, entre elas a 291, que reajusta em 5% as aposentadorias superiores a um salário-mínimo.
A oposição quer um índice maior, mas o governo afirma que não pode conceder o mesmo reajuste do mínimo (16,66%).
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse que o governo e a oposição devem chegar a um acordo.
"Tenho conversado diariamente com os líderes, preparando a retomada das votações para terça-feira. Vamos buscar um entendimento político que nos permita votar as sete medidas provisórias e alguns projetos importantes para o país", afirmou.
Entre as matérias consideradas prioritárias, Aldo destacou a conclusão da votação do projeto de lei que cria a loteria Timemania. Outra proposta importante, segundo ele, é a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O projeto cria o Supersimples, um regime diferenciado de tributação em relação aos tributos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. As informações são da Agência Câmara.
Fonte: A Tribuna
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