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04/08/2006 -

Sindicatos portuários pedem ajuda ao MPT

Da Reportagem

Reunidos ontem de manhã na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Bloco, os dirigentes dos 10 sindicatos de portuários avulsos definiram as reivindicações que serão apresentadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) na próxima terça-feira durante encontro com os procuradores do órgão, Ronaldo Curado Fleury e Cláudia Lovato.

Na ocasião, será discutido o impasse nas negociações da campanha salarial com o Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp) sendo que, de acordo com os sindicalistas, não está afastada a possibilidade de realização de uma operação-tartaruga ou até mesmo de uma greve de 24 horas, caso as negociações não avancem.

A proposta da manifestação de protesto, caso o impasse persista, seria votada na assembléia conjunta dos sindicatos já marcada para a próxima quarta-feira, às 9 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Sintraport).

Na reunião de ontem, os dirigentes sindicais fizeram uma avaliação da audiência que tiveram com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Eduardo Parmegianni, na última segunda-feira, na Capital, quando foi decidido o adiamento para a próxima terça-feira do início da escala eletrônica para os avulsos ligados ao Sintraport.

Reivindicações

Uma das questões que serão discutidas com o procurador regional do MPT é a exigência de o trabalhador estar no local da escala com uma hora de antecedência, sem ser remunerado por isso.

Os sindicalistas vão pedir, também, que Fleury interceda junto ao Sopesp para que negocie as situações excepcionais no intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho. Eles sugerem que o intervalo seja de seis horas para operações atípicas que exijam engajamentos fora da rotina do trabalho portuário.

Outra reivindicação é a garantia de renda mínima para os avulsos que, muitas vezes, não conseguem se engajar no serviço, ficando sem remuneração. Os sindicalistas querem também que nos crachás distribuídos pelo Sopesp seja inserido o tipo sanguíneo do trabalhador e que os avulsos da Estiva participem de uma simulação antes do início oficial da escala eletrônica, previsto para o dia 15.

O presidente do Sintraport, Robson Apolinário, disse que o que está sendo questionado é a política adotada pelo Sopesp, de não negociar a pauta salarial unificada. É isso que iremos debater com o procurador Fleury na próxima terça-feira. Nossa intenção é eliminar as dificuldades hoje observadas para a realização do serviço portuário.

Fonte: A Tribuna