06/08/2006 -
Sindicato aponta problemas em auto-escolas
Da Reportagem
A demissão de um diretor do Sindicato dos Trabalhadores e Instrutores em auto-escolas, no último dia 30 de julho, reacendeu a polêmica sobre irregularidades trabalhistas e de ensino no setor.
O presidente do sindicato, José Ernesto Gomes Castilho, denúnciou ao delegado da 154ª. Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), de Guarujá, Sérgio Lemos Nassur, na última quarta-feira, que a auto-escola Capra, onde o sindicalista trabalhava, estaria empregando instrutores descredenciados.
Embora ressaltando que nada poderia fazer na parte trabalhista, o delegado prometeu chamar o representante da empresa para dar sua versão sobre a denúncia a respeito dos instrutores.
Segundo Ernesto Castilho, as irregularidades observadas no setor comprometem a qualidade na formação de motoristas e podem resultar na cassação de alvarás. Ele comentou que, em Guarujá e nos demais municípios da base territorial do sindicato, muitas auto-escolas mantêm instrutores não credenciados, não fazem registro em carteira e não pagam horas extras diárias.
O sindicalista estima que 150 empresas atuem no setor, empregando cerca de 2 mil pessoas, na Baixada Santista e Litoral. Ele explica que a demissão de dirigente sindical é vetada pela CLT.
Pedimos a colaboração da DRT (Subdelegacia Delegacia Regional do Trabalho) para fiscalizar as irregularidades trabalhistas. E dos Ciretrans, para combater o exercício ilegal da profissão.
Segundo ele, a auto-escola Capra, por meio de seu representante legal, foi convocada pela DRT para prestar esclarecimentos, em 27 de julho, em mesa-redonda com o sindicato, mas não compareceu.
A DRT já designou fiscal para autuar a empresa e, além disso, vamos entrar com ação na Justiça para exigir o cumprimento do acordo coletivo e contestar a demissão do sindicalista.
Denúncias
A diretoria do sindicato tomou posse em 16 de junho e uma de suas primeiras providências foi marcar a audiência na Ciretran de Guarujá: Vamos fazer o mesmo nas quase 40 seções do Detran do litoral paulista.
Castilho pede que a categoria denuncie a empresa que estiver desrespeitando o acordo coletivo. Segundo ele, isso pode ser feito pelo telefone sendo garantido o anonimato do denunciante.
Fonte: A Tribuna
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