10/08/2006 -
Sindaport dá ultimato à direção da Codesp
Da Reportagem
Em clima de expectativa, será realizada hoje, às 14 horas, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Capital, a audiência de conciliação entre representantes da Codesp e do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), que representa cerca de 1.400 trabalhadores. Do resultado dessa audiência dependerá deflagração, ou não, da greve da categoria, em assembléia já agendada para logo depois, às 20 horas, na sede da entidade.
A paralisação foi deliberada em assembéia realizada no último dia 27 de julho devido ao impasse nas negociações entre a estatal e o Sindaport, ocasião em que os trabalhadores entraram em estado de greve.
Os dez sindicatos de avulsos do porto já manifestaram apoio à iminente greve dos empregados da Codesp, que deverá se estender às companhias docas dos demais portos brasileiros. De acordo com o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, essa é a última oportunidade para a empresa apresentar oficialmente a proposta salarial. A categoria, que reúne cerca de 5 mil trabalhadores, incluindo os aposentados, tem data-base em 1º de junho, mas, até agora, não conseguiu fechar sua campanha salarial.
Se a Codesp não apresentar nenhuma proposta durante a audiência no TRT, não teremos outro caminho a não ser deliberar pela greve, disse o dirigente sindical.
Ele comentou que há cerca de um mês a estatal informou que tinha condições de oferecer reajuste de 4,23% e vale-refeição de R$ 500,00, além de manter os benefícios já vigentes. Porém, para essa proposta ser oficializada, é preciso o aval do Governo.
Isso acontece porque, como a Codesp é uma empresa de economia mista, qualquer negociação salarial precisa de autorização dos ministérios dos Transportes e de Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio do Departamento de Controle e Coordenação de Empresas Estatais (Dest).
Apelo
Em ofício encaminhado ontem ao diretor de Administração e Finanças da Codesp, Mauro Marques, o presidente do Sintraport, solicita à diretoria executiva da Codesp que delibere favoravelmente pelo acordo coletivo de trabalho, para que possa haver, por parte do Dest, a homologação do acordo, passando para esse órgão todo o ônus junto à opinião pública sobre uma greve no Porto de Santos....
Fonte: A Tribuna
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