19/08/2006 -
Sindicato quer ampliar ações sociais na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
Engajar indústrias da região em uma ação social, o projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo, foi o objetivo de um café da manhã realizado ontem pelo Sindicato dos Químicos do ABC. O evento contou com a presença de representantes de diversas companhias dos segmentos químico e plástico (entre elas, Basf, Soplast, Autometal, EMS, Colgate), que tiveram um primeiro contato com a iniciativa. "O próximo passo será irmos até cada empresa e discutir com elas propostas para que participem de alguma maneira", afirmou o presidente do sindicato, Paulo Lage.
A entidade dos Químicos já atua há três anos como parceiro do projeto, a partir de um programa chamado Jornada Cidadã no Combate ao Abuso e Exploração Sexual, Uso de Drogas e Trabalho Infantil. A Jornada é uma série de debates sobre o tema que envolve anualmente instituições sociais, sindicatos e prefeituras. "Toda a sociedade tem o dever de zelar para que as crianças tenham o direito de ir à escola, brincar e viver a infância longe da criminalidade e das drogas, e isso inclui os sindicatos", disse Lage.
A ONG Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo existe desde 1983 e atende crianças e adolescentes que vivem em situação de risco, sejam as que vivem nas ruas porque não tem família quanto aquelas que trabalham na rua, como flanelinhas, engraxates, vendedores de bala. A instituição realiza apoio escolar, médico e esportivo e oferece oficinas de teatro, circo, percussão, cantos, entre outras atividades. Atendeu no ano passado 2.975 pessoas, entre crianças, adolescentes e seus familiares.
O coordenador-geral da ONG, Marco Antonio da Silva, o Marquinhos, ficou otimista em relação à possibilidade de novos aliados. "A responsabilidade maior sobre as crianças de rua é do poder público, mas a sociedade civil e a família também têm um papel importante a desempenhar", afirma.
Entre os representantes das empresas da região, o gerente de Recursos Humanos da Soplast, José Carlos Macimo, afirmou que toda a iniciativa para melhorar a qualidade de vida de menores carentes é positiva. Ele acrescentou que há interesse da empresa em conhecer mais sobre o projeto.
Trabalhadores Paulo Lage afirma que o Sindicato dos Químicos quer sensibilizar as empresas e também os trabalhadores. O objetivo é que estes também contribuam (não necessariamente com recursos financeiros) para multiplicar o alcance das ações sociais.
Fonte: Diário do Grande ABC
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