23/08/2006 -
Funcionários da Progresso fazem protesto por salários atrasados
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
Cerca de 30 pessoas estiveram ontem na porta da empresa de prestação de serviço terceirizado Progresso, de São Caetano, tentando receber os salários atrasados que não saem há dois meses. Os ex-empregados, que foram dispensados e afirmam ter cumprido aviso prévio sem saber, receberam apenas o valor da rescisão na última semana.
Os trabalhadores prestavam serviços para a instituição de ensino UniABC, de Santo André, que encerrou contrato com a empresa terceirizada no dia 14 deste mês. "Estão fazendo a gente de palhaço porque mandam a gente vir todo o dia e não liberam nem o pagamento nem o fundo de garantia. Só estamos atrás do que é nosso", afirma uma ex-funcionária, que não quis se identificar.
Segundo os ex-empregados, entre as desculpas da empresa está a falta dinheiro para pagar os débitos com o fim de alguns contratos. Algumas pessoas chegaram a ouvir em pedido de falência da Progresso. "Não queremos abrir processo porque precisamos do dinheiro agora e na justiça isso demoraria muito", afirmam os trabalhadores.
O Siemaco ABC (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação) afirma que está acompanhando o problema da empresa de São Caetano há algum tempo e que isso ocorre em todo o Estado, já que a Progresso atua em diversas regiões com mais de 2,4 mil trabalhadores. Segundo os ex-empregados, na região são mais de 70 sem receber os direitos.
Para o diretor administrativo da entidade, Natalino Ferreira dos Santos, a empresa está em negociação com o sindicato para saldar a dívida com os ex-funcionários. "Esse pessoal vai receber nem que seja parcelado. Estamos em cima deles e um acordo já foi feito para liberar o fundo de garantia", diz. "Mas não houve pedido de falência", assegura.
Os sindicalistas também pretendem procurar a UniABC que não quis se pronunciar ao Diário sobre o assunto para tentar solucionar o problema. Para eles, a instituição terá que assumir a dívida em caso de não pagamento da Progresso. A empresa de serviços terceirizados não atendeu os telefonemas da reportagem.
Fonte: Diário do Grande ABC
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