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23/08/2006 -

Metalúrgicos ganham mais 5%

Marcelo Rehder

O Estado de S. Paulo

Setor de máquinas e eletroeletrônicos chega a acordo

Representantes das indústrias de máquinas e produtos eletroeletrônicos e dos 65 mil trabalhadores do setor, ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (FEM-CUT), chegaram ontem a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria para este ano. O entendimento foi possível porque os empresários melhoraram a proposta depois que os trabalhadores ameaçaram paralisar a produção a partir da próxima semana.

A nova proposta prevê reajuste salarial de 5%, o que representa aumento real (acima da inflação acumulada em 12 meses) de 2,07%, retroativo a 1º de agosto, data-base da categoria. Anteriormente, as empresas se propunham a pagar uma correção de apenas 4,3%.

O porcentual vale apenas para quem ganha até R$ 3.450,00. Acima desse teto, será aplicado um valor fixo de R$ 172,50.

O acordo, porém, será submetido à aprovação dos trabalhadores em assembléias nos sindicatos da categoria, que serão realizadas nos próximos dias. Mesmo sem definir índices, os sindicalistas haviam deixado claro para os negociadores das empresas que não aceitariam menos que 2% de aumento real.

"É um bom acordo", disse o presidente da federação, Adi Santos de Lima. "Além de repor as perdas com a inflação, garante um aumento significativo do poder aquisitivo da categoria."

Pela proposta patronal, o piso salarial terá acréscimo de 7% para empresas com até 50 trabalhadores, chegando a R$ 594,00. Para fábricas com 51 a 500 funcionários, o reajuste será de 6%, para R$ 635,80. Nas empresas de maior porte, o piso passará a ser de R$ 708,40 (5%).

"Estamos concluindo quatro anos consecutivos de aumentos reais nos salários, o que é um marco histórico dos metalúrgicos", ressaltou o presidente da FEM-CUT. Nesse período, os trabalhadores do setor de máquinas e eletroeletrônicos conquistaram reajuste de 12%, além da reposição da inflação. e

Fonte: O Estado de S.Paulo