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25/08/2006 -

Metalúrgicos do Grupo 9 aprovam reajuste salarial

Priscila Dal Poggetto

Do Diário do Grande ABC

Por unanimidade, os metalúrgicos do Grupo 9 empresas fabricantes de eletroeletrônicos, máquinas e bens de capital aprovaram o reajuste salarial de 5%, obtido em negociação com a entidade patronal quarta-feira. A votação foi feita no fim da tarde desta quinta-feira, durante assembléia na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo. Em 2005, o Grupo 9 conseguiu aumento salarial total de 7,5%, após um período de greve.

Do índice de aumento deste ano, 2,87% correspondem ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que determina a inflação do período, e 2,07% serão de ganho real para os trabalhadores que recebem até R$ 3.450. Com a aprovação, o reajuste começa a ser aplicado a partir do dia 5 de setembro. O Grande ABC tem 46% dos empregados desse grupo, no Estado de São Paulo, filiados a sindicatos ligados a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Na última negociação, liderada pela FEM-CUT (Federação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), os novos pisos salariais para os trabalhadores da categoria do grupo também foram definidos. Pelo acordo, nas empresas com até 50 empregados, o piso será de R$ 594, com mais de 51 funcionários de R$ 635,80 e acima de 500 contratados de R$ 708,40.

Segundo o membro da diretoria do sindicato, Zé Paulo, a mudança da data base de agosto para setembro e o novo valor do adicional noturno (50% do valor de uma hora de trabalho) continuam em pauta e serão avaliados por uma comissão permanente. "Ainda não temos a previsão de quando esses pontos serão negociados", afirmou Zé Paulo.

O próximo grupo a entrar em negociação é o 10 indústria de estamparia, lâmpadas, entre outros. Além do reajuste salarial, o Grupo 10 também quer a mudança da data-base, no caso, de novembro para setembro. Outro ponto da pauta é a garantia de estabilidade até a aposentadoria do trabalhador que adquirir doença em conseqüência do emprego. Tal cláusula precisa ser colocada a cada campanha, já que todos os anos as empresas entram com ação judicial para retirar tal direito.

Fonte: Diário do Grande ABC