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26/08/2006 -

Bancários organizam manifestação e pedem aumento salarial de 9,5%

Volta Redonda

Os bancários do Sul Fluminense farão na segunda-feira, dia 28, uma manifestação em frente dos bancos da Vila Santa Cecília e da Amaral Peixoto, no Centro, para divulgar a pauta de reivindicação da categoria para o acordo salarial deste ano. Os bancários 7,05% de aumento real mais a reposição salarial, com base ao Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Socioeconômicos), que deve fechar em 2,5, totalizando um aumento de 9,55%, aproximadamente.

As informações foram dadas ontem pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Cláudio Barbosa, que afirmou ainda que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) vão se encontrar na próxima semana para a segunda rodada de negociação. No primeiro encontro, que aconteceu semana passada, a Fenaban não aceitou a proposta dos trabalhadores, mas eles não apresentaram uma contraproposta.

- Queremos mostrar para população que estamos em negociação. Não queremos fazer greve, mas se for preciso nós fazemos - disse Cláudio Barbosa. A data base dos bancários é no dia 1º de setembro, mas o sindicato decidiu antecipar o início das negociações por causa da campanha eleitoral.

Além do reajuste salarial, a categoria pede também uma distribuição de 5%, da PLR (Participação de Lucros e Resultados) do lucro líquido dos bancos de forma linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1,5 mil. "Os bancos tiveram um lucro excelente, que tem que ser dividido com os trabalhadores", disse Cláudio Barbosa.

Os bancários reivindicam a ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho, o que precisaria de contratações. Os trabalhadores fariam um turno de seis horas. Segundo Cláudio Barbosa, o sindicato quer ainda que o piso salarial passe de R$ 839,93 para R$ 1,5 mil, além do aumento do auxilio creche para um salário mínimo. Hoje, o auxilio está em R$ 165,34. E mais: os bancários querem uma cesta-alimentação de R$ 300 (valor atual 230,02); gratificação de caixa de R$ 500 (valor atual R$ 226,65); 13ª cesta-alimentação; e 14º salário

Em nota divulgada aos jornais, o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, disse que a estratégia é unificar a Campanha entre os funcionários dos bancos públicos e privados, com a mesma minuta de reivindicações. A pauta específica de cada banco será debatida permanentemente.

Para Vagner Freitas, com a unificação, a campanha da categoria já começa forte. "Desde que optamos pela Campanha conjunta temos conseguido aumento real para todos. Agora é hora de os sindicatos intensificarem a mobilização da categoria para que os bancos atendam nossas reivindicações", destacou o presidente da Contraf-CUT, que continuou:

- Todas nossas conquistadas foram arrancadas com muito suor e mobilização. Se quisermos sair vitoriosos desta Campanha Nacional, precisamos de unidade e da participação massiva dos trabalhadores nas atividades que os sindicatos vão propor ao longo desta jornada - afirmou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf, por nota divulgada à imprensa.

Fonte: Diário do Vale