NOTÍCIAS - Brasil

31/08/2006 -

Força Sindical esperava postura mais radical do Copom

Do Diário OnLine

Com Agências

A Força Sindical divulgou nota nesta quarta-feira declarando sua decepção com relação à diminuição da taxa básica de juros, que passou de 14,75% para 14,25% ao ano. Para a Força, o governo precisa adotar uma postura radical nos cortes da Selic.

"Nós, dirigentes da Força Sindical, acreditávamos que a taxa de juro fosse cair mais de um ponto percentual, iniciativa que se fosse levada a efeito provocaria euforia no mercado, levando empresários a investir na produção e a desengavetar seus projetos de ampliação das fábricas, o que provocaria efeitos positivos no nível de emprego".

A Força afirma, ainda, que uma taxa menor facilitaria a campanha salarial de cerca de 3,3 milhões de trabalhadores do país, da base da Força Sindical, que têm data-base de julho a dezembro. Infelizmente, nada disso aconteceu. "O governo mostrou que não pretende rever sua política de redução gradual e pífia da taxa Selic", afirma a nota.

Copom reduz em 0,5 p.p. taxa básica de juros

Do Diário OnLine

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira o corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic). Com a decisão, a taxa passou de 14,75% ao ano para 14,25%, a menor registrada desde a criação do comitê, em 1996.

Essa é a sexta redução seguida e a décima desde setembro de 2005, quando o Banco Central iniciou o ciclo de queda da taxa. Desde o ano passado, a Selic já caiu 5,5 pontos percentuais. O corte desta quarta foi da mesma magnitude do encontro anterior, realizado em 19 de julho

A decisão surpreendeu o mercado, que esperava uma redução de apenas 0,25 ponto percentual. Nas duas últimas reuniões, o comitê afirmou que agiria com mais "parcimônia" com relação às reduções. Em nota à imprensa, o conselho explicou que tomou a decisão "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação".

Os últimos estudos apontam que a inflação brasileira vem passando por um processo de queda. No último levantamento feito pelo Copom, o mercado financeiro esperava uma inflação de 3,66%, ante 3,77% da reunião de julho. De acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a meta de inflação oficial é de 4,5%.

Nesta quinta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2006. Os números indicam que o crescimento da economia não pressionará os preços e, conseqüentemente, a inflação.

A ata da reunião desta terça e quarta-feira será divulgada no dia 8 setembro. Os membros do Copom voltam a se reunir nos dias 17 e 18 de outubro.



Fonte: Diário do Grande ABC